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Governador bolsonarista do Paraná entrega escolas públicas à iniciativa privada

Educadores e alunos de escolas públicas protestam em frente à Assembleia Legislativa do Paraná

TERÇA-FEIRA
4 JUNHO
Sob protestos intensos de professores e estudantes, a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou um projeto de lei que transfere a gestão administrativa de pelo menos 200 escolas públicas estaduais para a iniciativa privada. 
A análise do texto, realizada de forma remota, ocorreu na segunda-feira, 3 de junho, com 39 votos a favor e 13 contrários. A sessão, que começou presencialmente às 14h, foi suspensa após manifestantes ocuparem as galerias da Assembleia. Para dispersar a multidão, a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo, resultando em três pessoas feridas. Os trabalhos foram retomados pelo presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD), por volta das 17h.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) estimou a participação de cerca de 20 mil pessoas no protesto. Os manifestantes caminharam de uma praça no centro de Curitiba até a Assembleia, carregando cartazes e entoando gritos de ordem.
Ao chegarem na Assembleia, os manifestantes forçaram a entrada pelo portão exclusivo para carros, resultando em confrontos com a equipe de segurança do prédio. 
Em nota, a Alep informou que está investigando os danos causados à estrutura física do edifício. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o momento em que a porta de vidro da entrada da Alep se rompe, permitindo a invasão do prédio pelos manifestantes.
Os deputados estaduais devem voltar a discutir o projeto na quarta-feira. A proposta havia recebido aval da CCJ da Assembleia na última quarta-feira, 29 de maio. Parlamentares do PT acionaram o Tribunal de Justiça na tentativa de barrar a tramitação do projeto, mas o pedido foi rejeitado.
“Alguns empresários - não estranhem se alguns deles estiverem na lista de doadores de campanha do governador e seus aliados - receberão cerca de mil reais mensais por estudante e contratarão os professores em regime de CLT, podendo demiti-los a qualquer momento. O projeto “Parceiros” da Escola vai transformar a educação pública em fonte de lucro empresarial”, disse o deputado Renato Freitas, durante coletiva de imprensa. Fonte: APP-Sindicato.

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