12 DEZEMBRO
A edição desta terça-feira do jornal Tribuna do Norte relata esta grave situação, numa das escolas mais importantes do Estado.
Com 60 anos de história, completados em outubro deste ano, a Escola Estadual Padre Monte, no bairro das Rocas, zona Leste de Natal, enfrenta dificuldades para se manter ativa. Ao longo da última década, o número de alunos caiu pela metade. A estrutura física é outro ponto crítico, com falta de climatização devido ao sistema elétrico antigo, e quadra esportiva interditada por risco de desabamento. Além disso, os alunos que ainda estudam na unidade estão sem aulas das disciplinas de história, filosofia, sociologia e educação física por falta de professores.
Ao todo, 244 alunos estão matriculados na unidade, sendo metade em três turmas do Ensino Médio (1º, 2º e 3º anos), no turno matutino, e a outra metade distribuída em cinco turmas da Educação para Jovens e Adultos (EJA). Há dez anos, o número de matrículas variava entre 500 e 600, relembra o diretor da escola, Rodrigo Capistrano. “É uma queda que vem acontecendo na escola gradativamente, ano a ano, a gente já chegou a ter quase 600 alunos matriculados há dez anos. É um decréscimo advindo dessa falta de estrutura, da falta histórica de professores”, comenta.
Durante décadas, a Escola Estadual Padre Monte foi uma referência de ensino de qualidade na capital. Construída no vale do Jacó, em 1963, a chamada Escola da Reforma foi pioneira no ensino do ginásio no bairro e recebeu alunos de toda cidade, incluindo a governadora Fátima Bezerra, que cursou parte do ensino fundamental na escola, logo após chegar da Paraíba. “É até um simbolismo que a gente aposta para tentar conseguir uma reforma geral da escola”, destaca Carlos Antônio, inspetor da unidade.
A coordenadora pedagógica, Eliane Oliveira, acrescenta ainda que a pandemia também teve influência na diminuição de alunos. “Esse fator da pandemia também afastou muito os alunos. É um problema geral do País, mas a gente sente muito isso na nossa unidade porque é uma escola de muita tradição. A formação das famílias aqui passou pelos bancos dessa escola e muita gente que hoje tem um peso importante cultural no Estado passou por aqui, pela Escola Padre Monte. Lutamos aqui, com todos os esforços e encaminhamentos à secretaria, para voltarmos a ter uma boa estrutura, que atraia os alunos”, afirma.
A queda de matrículas provoca mudanças significativas na rotina da unidade. Das 12 salas de aulas da Escola Padre Monte, somente três são ocupadas, no turno da manhã, e cinco são abertas para as turmas do EJA, durante o turno da noite. Isto é, mais da metade das salas sequer são abertas. O auditório e os laboratórios de artes industriais (marcenaria, mecânica, eletrônica e cerâmica) também estão fechados. A estrutura do prédio está sofrível. O pátio que dá acesso à quadra de esportes está tomado pela vegetação. No local, um fosso se abriu entre a quadra e a estrutura de salas da escola, o que liga o sinal de alerta para um possível desabamento.
As redes elétrica e hidráulica também apresentam problemas. Com a fiação antiga não é possível climatizar as salas, uma reclamação antiga dos alunos que costumeiramente precisam enfrentar forte calor para estudar. A escola nunca passou por uma reforma. No entanto, o inspetor Carlos Antônio, funcionário da instituição há 34 anos, diz que está otimista quanto a uma obra de manutenção. Ele explica que está aguardando a assinatura de ordem de serviço para manutenção da rede elétrica e reforma da quadra esportiva.
“Tivemos uma visita dos engenheiros e eles estão otimistas porque já tem o recurso empenhado, de uma emenda parlamentar, estamos esperando somente a secretária de Educação assinar. Estamos nessa expectativa pela essa reforma da quadra e da parte elétrica. Já a reforma geral nós estamos em uma luta também, mas existe uma questão burocrática envolvendo a União, porque esse é um terreno federal, e Governo do Estado para que se tenha dominabilidade”,detalha.
Procurada pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC-RN), se pronunciou sobre a situação. Sobre a infraestrutura, a pasta afirmou que a escola está no cronograma da secretaria, inicialmente a obra contempla recuperação das instalações elétricas e recuperação da quadra de esportes. Um engenheiro da SEEC-RN vai fazer um levantamento geral das necessidades da escola. O início da obra deve ser definido em breve.
Quanto a falta de professores, a SEEC-RN informou que o contrato dos professores temporários chegou ao fim. A secretaria está organizando um processo de contratação temporária de professores para suprir as demandas. Fonte: Tribuna do Norte
A edição desta terça-feira do jornal Tribuna do Norte relata esta grave situação, numa das escolas mais importantes do Estado.
Com 60 anos de história, completados em outubro deste ano, a Escola Estadual Padre Monte, no bairro das Rocas, zona Leste de Natal, enfrenta dificuldades para se manter ativa. Ao longo da última década, o número de alunos caiu pela metade. A estrutura física é outro ponto crítico, com falta de climatização devido ao sistema elétrico antigo, e quadra esportiva interditada por risco de desabamento. Além disso, os alunos que ainda estudam na unidade estão sem aulas das disciplinas de história, filosofia, sociologia e educação física por falta de professores.
Ao todo, 244 alunos estão matriculados na unidade, sendo metade em três turmas do Ensino Médio (1º, 2º e 3º anos), no turno matutino, e a outra metade distribuída em cinco turmas da Educação para Jovens e Adultos (EJA). Há dez anos, o número de matrículas variava entre 500 e 600, relembra o diretor da escola, Rodrigo Capistrano. “É uma queda que vem acontecendo na escola gradativamente, ano a ano, a gente já chegou a ter quase 600 alunos matriculados há dez anos. É um decréscimo advindo dessa falta de estrutura, da falta histórica de professores”, comenta.
Durante décadas, a Escola Estadual Padre Monte foi uma referência de ensino de qualidade na capital. Construída no vale do Jacó, em 1963, a chamada Escola da Reforma foi pioneira no ensino do ginásio no bairro e recebeu alunos de toda cidade, incluindo a governadora Fátima Bezerra, que cursou parte do ensino fundamental na escola, logo após chegar da Paraíba. “É até um simbolismo que a gente aposta para tentar conseguir uma reforma geral da escola”, destaca Carlos Antônio, inspetor da unidade.
A coordenadora pedagógica, Eliane Oliveira, acrescenta ainda que a pandemia também teve influência na diminuição de alunos. “Esse fator da pandemia também afastou muito os alunos. É um problema geral do País, mas a gente sente muito isso na nossa unidade porque é uma escola de muita tradição. A formação das famílias aqui passou pelos bancos dessa escola e muita gente que hoje tem um peso importante cultural no Estado passou por aqui, pela Escola Padre Monte. Lutamos aqui, com todos os esforços e encaminhamentos à secretaria, para voltarmos a ter uma boa estrutura, que atraia os alunos”, afirma.
A queda de matrículas provoca mudanças significativas na rotina da unidade. Das 12 salas de aulas da Escola Padre Monte, somente três são ocupadas, no turno da manhã, e cinco são abertas para as turmas do EJA, durante o turno da noite. Isto é, mais da metade das salas sequer são abertas. O auditório e os laboratórios de artes industriais (marcenaria, mecânica, eletrônica e cerâmica) também estão fechados. A estrutura do prédio está sofrível. O pátio que dá acesso à quadra de esportes está tomado pela vegetação. No local, um fosso se abriu entre a quadra e a estrutura de salas da escola, o que liga o sinal de alerta para um possível desabamento.
As redes elétrica e hidráulica também apresentam problemas. Com a fiação antiga não é possível climatizar as salas, uma reclamação antiga dos alunos que costumeiramente precisam enfrentar forte calor para estudar. A escola nunca passou por uma reforma. No entanto, o inspetor Carlos Antônio, funcionário da instituição há 34 anos, diz que está otimista quanto a uma obra de manutenção. Ele explica que está aguardando a assinatura de ordem de serviço para manutenção da rede elétrica e reforma da quadra esportiva.
“Tivemos uma visita dos engenheiros e eles estão otimistas porque já tem o recurso empenhado, de uma emenda parlamentar, estamos esperando somente a secretária de Educação assinar. Estamos nessa expectativa pela essa reforma da quadra e da parte elétrica. Já a reforma geral nós estamos em uma luta também, mas existe uma questão burocrática envolvendo a União, porque esse é um terreno federal, e Governo do Estado para que se tenha dominabilidade”,detalha.
Procurada pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC-RN), se pronunciou sobre a situação. Sobre a infraestrutura, a pasta afirmou que a escola está no cronograma da secretaria, inicialmente a obra contempla recuperação das instalações elétricas e recuperação da quadra de esportes. Um engenheiro da SEEC-RN vai fazer um levantamento geral das necessidades da escola. O início da obra deve ser definido em breve.
Quanto a falta de professores, a SEEC-RN informou que o contrato dos professores temporários chegou ao fim. A secretaria está organizando um processo de contratação temporária de professores para suprir as demandas. Fonte: Tribuna do Norte
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