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Para não prejudicar ainda mais os estudantes, escola estadual Francisco Barbosa não adere às aulas remotas

QUINTA-FEIRA
6 AGOSTO
Os trabalhadores em Educação da Escola Estadual Professor Francisco Barbosa, em São José de Mipibu, reafirmaram na noite de quinta-feira, após reunião com técnicos da 2ª Direc, que não vão aderir às aulas remotas, posição já adotada, de forma documental, desde o início da pandemia. 
Há alguns meses atrás, a Direc enviou um documento às escolas, indagando se iriam ou não aderir às aulas não-presenciais, dando autonomia às instituições para tomarem a decisão, de acordo com cada realidade. Na época, a maioria dos trabalhadores da escola opinaram pela não adoção das aulas remotas, posição adotada por outras escolas, Estado afora. 
Na tarde de quarta-feira, 5, em reunião com os técnicos da Direc, para apresentar uma nova equipe pedagógica, o assunto voltou a ser tratado.
Novamente, os professores, em sua maioria, ouvidos pela direção, se posicionaram contrários às aulas por meios eletrônicos, afirmando que elas seriam ainda mais prejudiciais aos alunos, uma vez que a maioria não tem meios de acesso eletrônico. 
Sobre o assunto, a própria governadora já opinou que é complicada adoção deste tipo de aula, pelos mesmos motivos alegados pelos educadores da escola mipibuense que, aliás, não é a única no estado e no país a não ter adotado as aulas remotas. 
Até mesmo nas escolas particulares, onde os alunos tem um poder aquisitivo melhor, as aulas remotas vem sendo questionadas, com os pais depondo sobre a ineficácia das mesmas para o aprendizado do aluno, se constituindo apenas numa forma das instituições privadas justificarem a prestação do serviço, para poderem cobrar as mensalidades.
COMPREENSÃO
Os educadores da Escola Francisco Barbosa esperam contar com a compreensão de pais e estudantes, e afirmam que o momento é de esperar o recuo da pandemia do coronavírus, para a volta das aulas normais, quando então o trabalho será restabelecido em pé de igualdade para todos os alunos. Com as aulas remotas, alguns poucos alunos tendo acesso a elas, e outra maioria sem ter como acompanhar, a discrepância para o trabalho pedagógico seria mais um outro problema para a retomada do ano letivo.
A questão das aulas remotas vem sendo questionada em todo o país. Além da falta de condição para que os alunos tenham acesso às mesmas, há o fato de que os próprios professores não foram devidamente capacitados para poderem ministrar as aulas eletrônicas.
DISTRIBUIÇÃO DOS KITS ALIMENTARES
Um reflexo do pouco acesso aos meios eletrônicos por parte dos alunos foi a baixa procura pelos kits alimentares. Mesmo a direção da escola tendo feito ampla divulgação, sobretudo nas redes sociais, poucos compareceram para receber os kits, conforme orientação do governo. A direção atribuiu o fato ao pouco acesso dos alunos, sobretudo da área rural, e teve que reprogramar nova data, para a sexta-feira, 7. Sobre a distribuição dos kits, confira cartaz abaixo:

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