MENU

Parnamirim em luto

TERÇA-FEIRA
6 MAIO
A cidade de Parnamirim, as pessoas que apreciavam a música, a poesia e o jeito de ser de um dos nomes mais misteriosos da música potiguar, estão de luto, com a morte de Almir Padilha. O cantor e compositor foi encontrado morto em sua casa, onde morava sozinho, por um amigo. 
A velha guarda de Parnamirim conheceu Padilha depois que ele se sagrou vencedor do Festival Canta Nordeste, promovido pela Rede Globo. Depois de consagrado no festival regional, era comum ele ser chamado para se apresentar em festas públicas e privadas.
Com as inovações ou atrasos que a música brasileira passa periodicamente, Padilha foi caindo no ostracismo e já há algum tempo não se apresentava mais para o grande público.
Antes, na juventude, andou por Rio e São Paulo, conviveu com grandes nomes da MPB, como Alceu Valença e Djavan, de quem admirava as melodias, que soube fazer iguais, apenas sem a mesma repercussão, devido o lugar e o ambiente que acabou escolhendo para viver o resto de sua vida, numa sina segundo a qual "a própria terra não consagra nem desconsagra ninguém e "santo de casa não obra milagre". 
Tom Jobin uma dia aconselhou quem faz arte pegar logo o aeroporto, a rodoviária ou a estação de trem mais próxima e "tirar o time", ou seja, cair fora. 
Era um verdadeiro andarilho, porém na sua cidade, Parnamirim. Aonde você fosse na noite, seja em barzinhos, restaurantes ou os populares churrasquinhos do centro da cidade, ia encontrar, mais cedo ou mais tarde, com Almir Padilha, caminhando, sentado numa mesa, batendo papo com alguém por breves minutos e já saindo para ir para outra paragem.
Padilha era calmo. taciturno, quem o conheceu de perto via uma certa tristeza no olhar e nas falas sobre os mais variados assuntos.
Morreu como morrem os bons, na calma da casa, sozinho, silenciado das dores que afetam corpo e alma.
Que Deus conforte familiares a amigos.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário