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Artigo Padre Matias Soares - Uma única linguagem: a sinodal

 
SÁBADO
26 JULHO
O Sínodo arquidiocesano já está operando um grande milagre em nossa Igreja Local: o da linguagem e o do estilo sinodais em todas as suas instâncias. 
Ainda não está como o esperado; mas estão sendo dados passos significativos. Temos percebido um amplo processo de escuta, que deve nos levar ao discernimento eclesial. Mesmo que a finalidade seja à da atualização dos nossos diretórios - pastoral, administrativo, litúrgico e sacramental - sem dúvida, muitas demandas nos serão legitimamente postas. 
Precisaremos de abertura às moções do Espírito para não trairmos os anseios do Povo fiel de Deus. O documento final do Sínodo sobre a sinodalidade nos oferece orientações que devem ser recepcionadas com seriedade e sem a marca pré-moderna do clericalismo eclesiástico e de barroquismo teológico, que ainda perpassam as mentes, tanto dos fiéis leigos, como mais fortemente numa parcela dos ministros ordenados. Antes de nos apropriarmos dos conceitos postos pelas reflexões magisteriais sobre a sinodalidade, precisamos ‘inteligir’ o seu espírito, os seus horizontes e as suas perspectivas de implementações contextuais. 
Esse espírito encontra “na sabedoria evangélica, que permitiu à comunidade apostólica de Jerusalém selar o resultado do primeiro evento sinodal com as palavras: ‘decidimos, o Espírito Santo e nós’” (cf. At 15,28), a sua razão de ser e o seu fundamento teológico. 
Ainda afirma o documento que “é o discernimento que podemos qualificar de ‘eclesial’, exercido pelo Povo de Deus em vista da missão” (cf. DF, 81). Essa é a conversão dos processos que precisamos tornar presente em nossa condição cristã e testemunhá-la na nossa conjuntura eclesial e social.
(*) Padre Matias é pároco da Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, Mirassol, Natal;
Coordenador da Pastoral Universitária;
Coordenador pela Arquidiocese de Natal do Pacto Educativo Estadual.

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