MENU

Documentário aborda tradições de Boi de Reis no RN

QUARTA-FEIRA
1 DE MAIO
“Reizo”, documentário que aborda as ricas tradições dos grupos de Boi de Reis no Rio Grande do Norte, foi apresentado durante sessão de pré-estreia em Natal na última terça-feira (30), às 19h, no Teatro Alberto Maranhão, como parte do evento Abril das Artes. 
Durante o dia houve sessão para alunos de escolas públicas, seguidas por debates. 
Produzido por Felipe Campos Chaves e dirigido por Júlio Castro, o filme nasceu da necessidade de preservar e celebrar as tradições de um patrimônio cultural imaterial da identidade potiguar.
Filmado em 2023, o projeto registrou 13 grupos de Boi de Reis espalhados pelo território potiguar. “Reizo” oferece uma abordagem sensível, respeitosa e artística ao Boi de Reis, conduzindo o espectador por uma jornada emocional que ressalta a importância de manter vivas as tradições. O filme visa proporcionar uma imersão autêntica nas raízes desta expressão cultural tradicional e popular.
O filme retrata o Boi Calemba Pintadinho do Mestre Dedé Veríssimo, de São Gonçalo do Amarante; o Boi de Reis Pintadinho de Cuité do Mestre Zé Cândido, de Pedro Velho; o Boi de Reis do Mestre Manoel Marinheiro da Mestra Iza Galvão, em Felipe Camarão (Natal); o Boi de Reis Damas do Baile, de Mestre Geraldo Lourenço, Santa Cruz; o Boi de Reis do Mestre Francisquinho, Passa e Fica.
O Boi de Reis do Mestre Pedro Piloto, da Vila de Ponta Negra (Natal); o Boi de Reis de Matas, do Mestre Luiz Chico, Ceará-Mirim; Boi de Reis Zé Barrá, de Extremoz; o Boi de Reis de Nísia Floresta, de Mestre Marcos; o Boi de Reis do Bom Pastor de Mestre Cassiano Pontes, Bom Pastor (Natal); o Boi de Reis Estrela Dalva, do Mestre Márcio Matias, em Manimbu (São José De Mipibu); Boi de Reis Guajirú, Dona Cecília, de Extremoz; e Boi de Reis Pintadinho, de Mestre Elias Baraúnas e Mestre Nildo Zacarias, Mangabeiras.
Folguedo
O Boi de Reis é como os potiguares chamam o Bumba Meu Boi, um folguedo de origem portuguesa que chegou na região nordeste durante o Brasil colonial. As festas de boi, como são chamadas as celebrações, inspiram-se no auto do boi, um conto popular passado através de gerações.
O auto do boi retrata as diferentes visões sobre o boi e a sua imponência. Para os escravizados e trabalhadores rurais, o animal era companheiro de trabalho e sinônimo de força. Para os proprietários de fazendas, era o investimento seguro e uma fonte de renda. As festas envolvem personagens como os brincantes, o Boi, o casal Pai Francisco e Mãe Catirina, o dono da fazenda, os vaqueiros, caboclos, indígenas e os músicos.
O filme visa proporcionar uma imersão autêntica nas raízes desta expressão cultural, contribuindo para a sua perpetuação. 
A obra de Felipe Campos e Júlio Castro tem o objetivo de enriquecer a compreensão sobre a diversidade cultural e histórica que envolve esse recorte do folclore potiguar (e tão brasileiro). Ele destaca a importância da preservação cultural, ao registrar autenticamente os grupos de Bois de Reis no estado.
O projeto não só informa, mas também inspira os espectadores a se conectarem com suas próprias raízes e a celebrar a diversidade que faz do Brasil um mosaico cultural. Mais do que um filme, “Reizo” serve como um instrumento para a preservação e celebração de uma herança cultural única. Fonte: Tribuna do Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário