9 SETEMBRO
Diferentemente de alguns amigos meus que, igualmente a mim, votaram e acreditam que Lula resgatará os bons tempos vividos durantes os dois últimos de seus mandatos, iniciados em 2003, não critico o presidente por estar cedendo espaços no seu ministério a parlamentares - deputados federais e senadores - do chamado grupo político do centrão, formado pelo que há de mais atrasado e conservador no Congresso Nacional.
Lula não tem maioria nas duas casas legislativas para fazer aprovar os projetos de interesse do seu governo, projetos que visam trazer de volta o desenvolvimento social e econômico, e que miram tanto na classe mais sofrida da população, quando nas forças produtivas, a chamada elite econômica. Lembremos que Lula, nos dois últimos mandatos, saiu aprovado pro mais de 80% da população brasileira, referenciado como "pai dos pobres e mãe dos ricos".
Lula sabe que, se não ceder, terá ainda mais dificuldades para governar, por mais que detenha experiência e jogo de cintura no trato com a classe política.
Estabelecido, mesmo que informalmente, o presidencialismo de coalisão, não tem como um presidente governar, sem ceder espaço ao poder de quem depende, para ver aprovado projetos de seu interesse.
Infelizmente, é o preço que terá de pagar.
Lula, cedendo espaços ao centrão, não abrirá mão das concepções centrais que norteiam seu governo.
O que resta a mim e aos amigos que votaram em Lula é a certeza de que, a cada eleição, precisamos redobrar o empenho pela eleição de políticos progressistas, que contribuam nas esferas executiva e legislativa para que políticas públicas de alcance social sejam efetivadas a contento.
Por isso, não critico Lula. Entendo Lula. Torço por Lula. Oro por ele.
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