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Arquidiocese inicia comemorações pelo centenário de Dom Heitor

TERÇA-FEIRA
29 JULHO
Dom Heitor de Araújo Sales, arcebispo emérito de Natal, completa 99 anos nesta terça-feira (29). Para marcar a data, a Arquidiocese de Natal dá início à programação de comemorações do centenário, celebrado em 2026. A abertura do ano jubilar será celebrada com uma programação religiosa e cultural, aberta ao público, na Catedral Metropolitana de Natal.
As homenagens começam às 11h com uma missa em ação de graças, presidida pelo atual arcebispo metropolitano, Dom João Santos Cardoso. “Celebrar o ano jubilar do centenário de nascimento de Dom Heitor é, antes de tudo, um ato de gratidão a ele e a Deus por todo o bem que realizou em prol de nossa Igreja, bem como manter viva a memória de uma das figuras da atualidade mais significativas da história eclesial do Rio Grande do Norte”, disse Dom João.
À noite, às 19h, o Coro e a Orquestra da Apresentação, sob a regência do maestro Alexandre Barros de Carvalho, realizam um concerto especial com composições sacras e populares de celebração. “O centenário de seu nascimento, a ser celebrado em 2026, é uma ocasião privilegiada para reconhecer sua herança espiritual e pastoral”, disse o arcebispo metropolitano.
Natural de São José de Mipibu (RN), Dom Heitor nasceu em 29 de julho de 1926, filho de Celso Dantas Sales e Josefa de Araújo Sales. Ingressou no Seminário de São Pedro, em Natal, em 1º de fevereiro de 1940, sendo ordenado sacerdote em 3 de dezembro de 1950, na Catedral de Natal, por Dom Marcolino Dantas.
Com 99 anos de vida, 75 de sacerdócio e 47 de episcopado, Dom Heitor tem uma trajetória marcada por dedicação à Igreja. Ordenado sacerdote em 1950, foi nomeado pároco de Nova Cruz. Em 1978, foi ordenado bispo e assumiu a Diocese de Caicó. Aposentou-se em 2003, mas continua desenvolvendo seu apostolado em Natal.
Entre os principais feitos na Arquidiocese de Natal, destaca-se a reestruturação da sede do Seminário de São Pedro, na Av. Campos Sales, e restauração do Diaconato Permanente. Além disso, a perspectiva empática da vida, também permanece como marca de seus ensinamentos: “Olhar a vida como um dom de Deus. É um presente que Deus deu a gente, para glorificar a ele e para ajudar o outro”, defende Dom Heitor.
Implantou o modelo de governo colegiado com a criação dos Vicariatos Episcopais e restaurou o Diaconato Permanente. Também promoveu retiros internacionais para o clero e implantou pastorais importantes, como a da Comunicação e a do Dízimo. No período de seu pastoreio, foram criadas 15 novas paróquias e 44 padres foram ordenados.
Ao longo da trajetória como padre na Arquidiocese de Natal, exerceu diversas funções, como coadjutor em Nova Cruz; vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Graças e Santa Teresinha, no bairro do Tirol; ecônomo; vice-reitor do Seminário de São Pedro; capelão dos colégios Marista e Neves, além de pró-vigário geral do então arcebispo Dom Nivaldo Monte.
Foi nomeado bispo da Diocese de Caicó em 16 de julho de 1978, tendo sido ordenado pelo irmão, o Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, ex-arcebispo do Rio de Janeiro. “Meu irmão me inspirou muito nessa trajetória”, disse Dom Heitor.
Permaneceu na diocese seridoense até 1993, quando foi transferido para a Arquidiocese de Natal, assumindo como arcebispo metropolitano em 15 de dezembro daquele ano. Em 26 de novembro de 2003, renunciou ao governo pastoral, tornando-se arcebispo emérito.
Um dos momentos mais marcantes de sua gestão foi a beatificação dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, em 5 de março de 2000, pelo Papa João Paulo II — episódio que fortaleceu a devoção popular no Rio Grande do Norte.
Sobre a longevidade, Dom Heitor não esconde os segredos: “tem muita coisa pequena que ajuda: a gente não deve desperdiçar a vida. Que sua existência não seja um peso para a humanidade”, explica o arcebispo. Fonte: Tribuna do Norte.

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