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Militares presos por plano golpista já tinham sido alvos da PF em outras operações

TERÇA-FEIRA
19 NOVEMBRO
Pelo menos quatro dos cinco presos nesta terça-feira, 19, já haviam sido alvo de outras investigações da Polícia Federal sobre tentativas de golpe após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dois tenentes-coronéis e um general da reserva, além de um policial federal, são citados operações anteriores, desde 2023.
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O tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira chegou a ser preso em fevereiro deste ano, no âmbito da operação Tempos Veritatis, enquanto o general e ex-ministro interino da Secretaria-Geral Mário Fernandes e o tenente-coronel Helio Ferreira Lima foram alvos de mandados de busca e apreensão na mesma ação. O policial federal Wladimir Matos Soares, outro preso na ação de hoje, também já estava na mira da PF desde 2023, quando Força abriu inquérito para investigar fraude em cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O general da reserva Mario Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, segundo posto mais importante da pasta, que chegou a assumir interinamente. Ele também foi assessor no gabinete de Eduardo Pazuello (PL-RJ) na Câmara dos Deputados entre 28 de março de 2023 a 04 de março de 2024, cargo que deixou após ter sido alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro. Fernandes estava na reunião gravada em vídeo em que o então presidente Bolsonaro instruía os seus ministros a agirem contra o sistema eleitoral brasileiro. Na delação firmada com a Polícia Federal e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid define o general Mário, seu nome de guerra, como um dos militares mais radicais do núcleo golpista e defensor “incisivo” de um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder.
Já o também tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira havia sido solto em maio e usava tornozeleira no momento em que foi alvo da PF, nesta terça-feira. Ele foi preso no começo do ano e estava afastado das funções quando servia em Niterói por determinação da Justiça, de acordo com a Força. Segundo as investigações da operação Tempos Veritatis, Rafael era o interlocutor de Mauro Cid "na coordenação de estratégias adotadas pelos investigados para a execução do golpe de Estado e para a obtenção de formas de financiar as operações do grupo criminoso".
Para a PF, os diálogos e demais informações obtidas pela investigação "revelam fortes indícios de que o major Rafael Martins de Oliveira atuou diretamente direcionando os manifestantes para os alvos de interesse dos investigados, como STF e Congresso Nacional, além de realizar a coordenação financeira e operacional para dar suporte aos atos antidemocráticos, com novos indícios de arregimentação e utilização de integrante das Forças Especiais (FE) do Exército especializados em atuação em ambientes hostis, negados ou politicamente sensíveis, para subverter o Estado Democrático de Direito". Fonte: O Globo.


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