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Esquerda vence eleições legislativas na França, mas sem formar maioria

SEGUNDA-FEIRA
8 JULHO
Em um resultado surpreendente, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular obteve o maior número de assentos na Assembleia Nacional da França nas eleições legislativas, mas sem força suficiente para governar sozinha.
O segundo turno foi realizado no domingo (7), e teve participação de quase 60% dos eleitores.
Para a extrema direita, apesar do crescimento vertiginoso do número de assentos obtidos pelo Reunião Nacional (RN), de 88 para 143, o resultado foi uma decepção. No primeiro turno, ocorrido há apenas 1 semana, o partido de Marine Le Pen havia saído à frente de todas as demais forças políticas -- ele chegou a projetar obter para si a maioria absoluta da Casa.
O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, que é do Juntos, também admitiu a derrota, e disse que colocaria o cargo à disposição nesta segunda-feira (8). 
Caberá ao presidente da França, Emmanuel Macron, indicar um novo premiê a partir dos resultados dessas eleições. Ainda não há previsão de quando isso vai ocorrer. Nesta segunda-feira, Macron anunciou que manterá o primeiro-ministro até o final das olimpíadas, para garantir a estabilidade do país. 
Esquerda vai precisar de aliança para governar
Embora ainda não tenham batido o martelo sobre a união, líderes do bloco esquerdista indicaram que poderiam se aliar ao centro para chegar aos 289 assentos necessários para ter maioria.
Após a Reunião Nacional, de Le Pen, conquistar 33% dos votos no primeiro turno, a Nova Frente Popular e o Juntos formaram uma espécie de cordão sanitário para impedir que a extrema direita chegasse ao poder.
A viabilidade de um governo juntando as duas forças, entretanto, ainda é incerta. Ambos os blocos nutrem desavenças profundas em determinados tópicos, como a reforma da Previdência francesa, por exemplo.
Jean-Luc Mélenchon, um dos líderes da esquerda francesa, afirmou que Macron deverá admitir a derrota nas eleições e, além disso, criar alguma relação com o NFP para formar o governo.
Prestes a entrar em um período de tensas negociações para definir o balanço de forças da Assembleia Nacional, a França se depara com um cenário desconhecido e até a ameaça de um Parlamento paralisado. Fonte: G1.

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