Prefeitura de Monte Alegre anuncia volta às aulas presenciais a partir de terça-feira para Fundamental II e EJA no dia 25 de maio

SEGUNDA-FEIRA

24 MAIO

A Prefeitura de Monte Alegre, por meio da Secretaria de Educação, anunciou nesta segunda-feira o retorno das aulas presenciais para o fundamental II e EJA - apenas para os alunos do 6º anos e 20% da ocupação das salas. As atividades escolares serão realizadas em regime híbrido.

Para evitar contaminação contra a COVID-19, a Prefeitura de Monte Alegre afirma que estabeleceu diversas medidas, que estão sendo adotadas pela comunidade escolar. Ao entrar na escola, os estudantes tem as mãos, mochilas e lancheiras higienizados e a temperatura verificada. Na sala de aula, o lugar nas carteiras é marcado, cumprindo o distanciamento social.

Visando a segurança de toda a comunidade escolar, a prefeitura diz ainda que foram realizados investimentos em equipamentos de proteção individual (EPIs), instalou pias, entre outras medidas no espaço físico das unidades escolares.

Além disso, a Secretaria de Educação e a Secretaria Municipal de Saúde promoveram diversas ações de orientação e conscientização com gestores escolares, coordenadores professores, assistentes de serviço geral e merendeiras. Nessas atividades foram repassadas informações de como proceder no dia a dia escolar em meio a pandemia do novo Coronavírus.

O problema nisso tudo é de duas ordens: 

1- Esta ampliação da retomada de aulas presenciais, mesmo de forma reduzida, vem sem que nem professores, nem demais profissionais de educação, nem estudantes tenham sido vacinados, e em um momento em que já se fala na terceira onda da pandemia, com hospitais lotados e fila de gente para ser intubada;

2- Imagine-se que, no interior das escolas os alunos estejam protegidos - e do portão de saída das escolas para frente (nas ruas e nos ônibus escolares)? Muitos destes estudantes tem familiares de idade em casa, potenciais alvos do coronavírus, quem vai garantir que não haverá um alastramento da contaminação. Muitos familiares de estudantes de escolas privadas tem sido contaminados, exatamente diante desta conjuntura, o que explica a escalada cada vez mais crescente de casos confirmados.

Em alguns municípios, onde as prefeituras tem determinado medidas semelhantes, sem que antes aconteça a vacinação da comunidade escolar e mesmo garantindo seguir todas as regras de precaução, os núcleos do SINTE com rapidez tem recorrido à justiça e derrubado o retorno. Em Monte Alegre, o núcleo do SINTE informa que ingressou com ação na justiça para a não efetivação das aulas sem vacinação, mas que a ação não obteve resposta positiva, tendo recorrido à esfera estadual e esperando por uma resposta até agora. 

O momento é dos mais críticos e espera-se das autoridades públicas analisar o cenário e adotar as medidas mais sensatas.