27 MAIO
As oportunidades para a indústria potiguar, em meio a guerra tarifária protagonizada pelos Estados Unidos, foram tema de discussão na abertura da Semana da Indústria na segunda-feira (26). O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), estreou com a palestra de Paulo Vicente dos Santos Alves, doutor em Administração de Empresas e professor da Fundação Dom Cabral. Na avaliação dele, o Estado apresenta vantagens em termos geográficos e pode fomentar novos segmentos, a exemplo da indústria espacial. A palestra foi realizada na sede da Fiern e reuniu representantes do setor produtivo, Governo do Estado e parlamentares.
De acordo com o palestrante, o cenário econômico na última década tem sido de transformação e muitas crises eram previstas, incluindo a atual guerra tarifária. “Ela [Guerra tarifária] está dentro de um contexto de tentativa dos Estados Unidos de trazer boa parte da indústria para dentro do seu território, prática que eles chamam de Reshore, junto com um investimento maciço em novas tecnologias para viabilizar isso”, explica.
Paulo Vicente dos Santos Alves observa, contudo, que nem todos os investimentos conseguirão ser abarcados pelo país americano. Isso significa que há oportunidades que ficarão próximas ao país, abrindo espaço para o Brasil. “Então temos novas tecnologias chegando, a indústria se realocando da Ásia para o Ocidente, o que alguns chamam de westernization [adoção de costumes e instituições do ocidente], em contraposição à Globalization [integração e interdependência entre países]. Tem vários termos que apontam nessa mesma direção”, completa.
Para o Rio Grande do Norte, em especial, o palestrante aponta que há espaço para o fomento à indústria espacial. “O Rio Grande do Norte tem uma vantagem geográfica muito boa, ele fica numa quina, literalmente, então ele pode ficar em um triângulo praticamente perfeito com a Europa e os Estados Unidos. A própria briga dos Estados Unidos com a Europa pode ajudar o Brasil e o Rio Grande do Norte em específico. Tem um potencial muito grande aqui para essa nova indústria espacial que está tendo uma nova onda. Já teve a base aérea aqui e um centro de lançamento no passado, então é possível retomar”, explica.
Na avaliação do presidente da Fiern, Roberto Serquiz, a palestra de Paulo Vicente dos Santos Alves é essencial para pensar na conversão do potencial do Rio Grande do Norte em qualidade de vida e transformação no Estado. Entre os principais segmentos visados pela Federação, está a Indústria de transformação, responsável por transformar a matéria-prima em um novo produto para o mercado.
“Isso é uma corrente mundial. Não é uma descoberta do Rio Grande do Norte e nem da Federação da Indústria. Estamos seguindo uma realidade que é vital porque essa indústria de transformação, a indústria manufatureira que transforma uma matéria-prima em outro produto, como a confecção de imóvel e de plástico, além da geração do emprego direto, tem todo o encadeamento [que gera empregos indiretos]”, completa.
O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedec/RN), Silvio Torquato, reitera que o debate trazido pela palestra é essencial e o Governo do Estado tem acompanhado os efeitos do tarifaço global desde o início. Ele cita que alguns avanços já podem ser observados, a exemplo do aumento do imposto sobre as compras internacionais, que passou a valer em março deste ano. Ao todo, dez estados, incluindo o Rio Grande do Norte, aumentaram a alíquota do imposto de 17% para 20% para compras feitas em plataformas como a Shein e a Shopee.
Embora avalie que apenas essas taxas não podem ampliar a competitividade local, o secretário destaca o papel fundamental exercido pelo Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN (Proedi). “O Proedi é um benefício muito forte para a indústria do Rio Grande do Norte. Temos em torno de 120 mil pessoas trabalhando na indústria, das quais em torno de 60 mil são de empresas beneficiárias. Nós assumimos o governo com 103 empresas e hoje temos 332 empresas beneficiárias no Proedi”.
Semana da Indústria
Além da palestra de abertura nesta segunda-feira (26), a Semana da Indústria segue com uma programação diversificada até esta sexta-feira (30), dia do lançamento do Memorial da Indústria. De acordo com Roberto Serquiz, as atividades buscam ampliar a visibilidade do que vem sendo feito pela Federação por meio dos seus diferentes eixos, como o Senai/RN e o Instituto Euvaldo Lodi (Iel/RN).
“Há toda uma dinâmica que está sendo empreendida para que a federação esteja com suas casas preparadas para qualificar, levar inovação para a indústria e, assim, fomentar cada vez mais o desenvolvimento do Estado. Então é uma semana para comemorar e registrar o que estamos realizando para o bem estar da população por meio do desenvolvimento econômico”, conclui. Fonte: Tribuna do Norte.
As oportunidades para a indústria potiguar, em meio a guerra tarifária protagonizada pelos Estados Unidos, foram tema de discussão na abertura da Semana da Indústria na segunda-feira (26). O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), estreou com a palestra de Paulo Vicente dos Santos Alves, doutor em Administração de Empresas e professor da Fundação Dom Cabral. Na avaliação dele, o Estado apresenta vantagens em termos geográficos e pode fomentar novos segmentos, a exemplo da indústria espacial. A palestra foi realizada na sede da Fiern e reuniu representantes do setor produtivo, Governo do Estado e parlamentares.
De acordo com o palestrante, o cenário econômico na última década tem sido de transformação e muitas crises eram previstas, incluindo a atual guerra tarifária. “Ela [Guerra tarifária] está dentro de um contexto de tentativa dos Estados Unidos de trazer boa parte da indústria para dentro do seu território, prática que eles chamam de Reshore, junto com um investimento maciço em novas tecnologias para viabilizar isso”, explica.
Paulo Vicente dos Santos Alves observa, contudo, que nem todos os investimentos conseguirão ser abarcados pelo país americano. Isso significa que há oportunidades que ficarão próximas ao país, abrindo espaço para o Brasil. “Então temos novas tecnologias chegando, a indústria se realocando da Ásia para o Ocidente, o que alguns chamam de westernization [adoção de costumes e instituições do ocidente], em contraposição à Globalization [integração e interdependência entre países]. Tem vários termos que apontam nessa mesma direção”, completa.
Para o Rio Grande do Norte, em especial, o palestrante aponta que há espaço para o fomento à indústria espacial. “O Rio Grande do Norte tem uma vantagem geográfica muito boa, ele fica numa quina, literalmente, então ele pode ficar em um triângulo praticamente perfeito com a Europa e os Estados Unidos. A própria briga dos Estados Unidos com a Europa pode ajudar o Brasil e o Rio Grande do Norte em específico. Tem um potencial muito grande aqui para essa nova indústria espacial que está tendo uma nova onda. Já teve a base aérea aqui e um centro de lançamento no passado, então é possível retomar”, explica.
Na avaliação do presidente da Fiern, Roberto Serquiz, a palestra de Paulo Vicente dos Santos Alves é essencial para pensar na conversão do potencial do Rio Grande do Norte em qualidade de vida e transformação no Estado. Entre os principais segmentos visados pela Federação, está a Indústria de transformação, responsável por transformar a matéria-prima em um novo produto para o mercado.
“Isso é uma corrente mundial. Não é uma descoberta do Rio Grande do Norte e nem da Federação da Indústria. Estamos seguindo uma realidade que é vital porque essa indústria de transformação, a indústria manufatureira que transforma uma matéria-prima em outro produto, como a confecção de imóvel e de plástico, além da geração do emprego direto, tem todo o encadeamento [que gera empregos indiretos]”, completa.
O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedec/RN), Silvio Torquato, reitera que o debate trazido pela palestra é essencial e o Governo do Estado tem acompanhado os efeitos do tarifaço global desde o início. Ele cita que alguns avanços já podem ser observados, a exemplo do aumento do imposto sobre as compras internacionais, que passou a valer em março deste ano. Ao todo, dez estados, incluindo o Rio Grande do Norte, aumentaram a alíquota do imposto de 17% para 20% para compras feitas em plataformas como a Shein e a Shopee.
Embora avalie que apenas essas taxas não podem ampliar a competitividade local, o secretário destaca o papel fundamental exercido pelo Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN (Proedi). “O Proedi é um benefício muito forte para a indústria do Rio Grande do Norte. Temos em torno de 120 mil pessoas trabalhando na indústria, das quais em torno de 60 mil são de empresas beneficiárias. Nós assumimos o governo com 103 empresas e hoje temos 332 empresas beneficiárias no Proedi”.
Semana da Indústria
Além da palestra de abertura nesta segunda-feira (26), a Semana da Indústria segue com uma programação diversificada até esta sexta-feira (30), dia do lançamento do Memorial da Indústria. De acordo com Roberto Serquiz, as atividades buscam ampliar a visibilidade do que vem sendo feito pela Federação por meio dos seus diferentes eixos, como o Senai/RN e o Instituto Euvaldo Lodi (Iel/RN).
“Há toda uma dinâmica que está sendo empreendida para que a federação esteja com suas casas preparadas para qualificar, levar inovação para a indústria e, assim, fomentar cada vez mais o desenvolvimento do Estado. Então é uma semana para comemorar e registrar o que estamos realizando para o bem estar da população por meio do desenvolvimento econômico”, conclui. Fonte: Tribuna do Norte.
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